segunda-feira, 28 de março de 2011

Do tempo.

 
E se o segundo seguinte for o meu futuro real,
Vou sentir arrepios,quem sabe?
Querendo cuspir em você os meus medos...
O que me custaria ser plenamente puro,
Fazendo de mim um homem inconteste?
Não dançando conforme a dança,
Ainda que tentasse a diferença,
Seria sempre igual.
Eu rabisco a minha vida,
Rabisco uma folha falando ao telefone.
A vida vai pulsando,
Mesmo que o sono,
Deseje apagar-me.
A vida corre,
A vida escorre,
Entre os vãos apertados e suados de seus dedos.
Você segue tenso,
Nem toda sua força,
Nem toda tensão de seu corpo é capaz de anular o tempo.
Vamos morrendo aos poucos,
No futuro do segundo seguinte.
Esperando...pulsando....vivendo...
A impotência de impedir o tempo,
Que impele a vida.
É aquele que corre,
Areia de ampulheta,
Água que corre pro ralo seguindo o caimento...
É o que há e de existência certa,
Do que é justo e injusto,
Donde vai dar o caminho?
Ele vai.

2 comentários:

Ludmila Melgaço disse...

"Vamos morrendo aos poucos,
No futuro do segundo seguinte.
Esperando...pulsando....vivendo...
A impotência de impedir o tempo,
Que impele a vida.
É aquele que corre,
Areia de ampulheta,
Água que corre pro ralo seguindo o caimento..."

Não adianta tentar medir o tempo, meu bem, ou seremos engolidos por essa sensação de impotência.
Nos resta agarrar a vida com força para que ela escape o mínimo pelos dedos.
=)

Malu Tolentino disse...

Estou com saudades dos seus posts!! Volta Logo ^^