segunda-feira, 9 de julho de 2012

Dúvidas?


Prefiro às duvidas as frágeis certezas,
quando caminho calado e sem blusa ao relento,
meu corpo cansado deriva no tempo
só restando uma dúvida até o momento:
Se eu sou para-brisa ou um cata-vento.
Minto pra vida sobre o que me apraz,
por ora, sinto vergonha do que a mente produz,
quando “ser ou não ser “já é “tanto faz”.
Procuro no outro o sentido da vida,
e o encontro da verdade,
acordado em opostos,
é que nem tudo que é ouro reluz.
Busco palavras para tirar uma dor,
enrugo a testa e enxergo melhor,
seus olhos castanhos indefesos no sol.
procuro rimas e me sobra o amor,
sua boca se cala diante do gesto,
não é nada demais ou qualquer manifesto,
era só o momento de se omitir,
daquilo que a cabeça ousava dizer.
Como se o que fosse dito
sem qualquer maldade,
pudesse desintegrar 
o tal sentimento de felicidade,
de forma sutil e com extrema facilidade.
É como acender um incenso para perfumar,
a casa, o tempo e a vista lunar,
e em presença de gás ver tudo explodir,
a vida, a sorte e o seu existir.

2 comentários:

Anônimo disse...

lindo...

Malu Tolentino disse...

Seu dim com as palavras me fazem sorrir!

Leio e fico com uma vontadezinha de escrever também. Ando tão de mau das palavras...

Texto lindo, cheio de vida.

Pena que vc deixa agente com gostinho de quero mais por um tempão, rs !

Beijinhos