segunda-feira, 2 de abril de 2012

De sorte, do amor e da morte.


Olhando o mundo depressa
assim, por cima e relance
eu vi o juntar dos seus lábios
escondendo os dentes por via
das dúvidas que eu lhe causara.
Pensava, talvez, quem eu era,
Pensava, talvez, de onde vim,
ruminando não sei o que era,
se nem mesmo em terra me visse,
e sem juízo, então, me encontrava.
E de encontro ao meu desengano,
vi seu olhar tão calado
queria de ti um sinal
e longínquo, talvez, um afago.
Um aceno, quem sabe – Obrigado!
Escutei e encolhidos os braços,
que tremiam sem se mover um pedaço,
esquivos de qualquer manifesto
tensos de nervo e cuidado.
Encontrei-me trôpego na cena
e então eu sai foi de lado,
sem saber o que havia ocorrido.
Minhas pernas tinham o peso das penas
que o vento havia planado.
Era a minha solidão que havia morrido
ou o amor que havia me matado?

4 comentários:

Ludmila Melgaço disse...

Lindo, lindo, lindo! Você tá demais!
Saudades!

Malu Tolentino disse...

saudades dos seus posts aqui! adoro quando você escreve.
Mil beijos

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Já faz parte da minha lista de poemas preferidos *___*
Simplimesnte lindo!